Setembro é o mês dedicado à conscientização e cuidados com a saúde mental; e também uma excelente oportunidade para falarmos sobre a saúde mental infantil. Afinal, cuidar do bem-estar emocional das crianças é fundamental para construir adultos mais resilientes e felizes.


A saúde mental é um tema central em qualquer fase da vida, mas quando se trata de crianças, a atenção deve ser redobrada. O desenvolvimento emocional e psicológico nos primeiros anos de vida será um divisor de águas no futuro desse indivíduo.

 

A saúde mental infantil: um desafio crescente

Saúde mental infantil envolve o bem-estar emocional, psicológico e social das crianças. É a maneira como elas pensam, sentem e lidam com as adversidades do dia a dia. Crianças mentalmente saudáveis conseguem desenvolver relacionamentos saudáveis, lidar com emoções de forma adequada e enfrentar desafios de maneira resiliente.

Os primeiros anos de vida são fundamentais para moldar o desenvolvimento emocional. A interação com os pais, professores e outros cuidadores tem um papel central nesse processo. Quando a criança é bem acompanhada, ela tende a crescer com autoestima elevada, autoconfiança e uma capacidade maior de lidar com problemas.

Nos últimos anos, temos visto um aumento nos casos de problemas de saúde mental entre crianças e adolescentes. Fatores como o estresse escolar, o uso excessivo de telas, as mudanças nas dinâmicas familiares e a pressão por resultados podem desencadear ansiedade, depressão e outros transtornos mentais.

 

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Setembro Amarelo e a infância

O Setembro Amarelo, campanha que visa prevenir o suicídio, nos convida a refletir sobre a importância de cuidar da saúde mental em todas as fases da vida. E as crianças não podem ficar de fora dessa conversa. É preciso desmistificar o tema e mostrar que buscar ajuda é um ato de coragem e cuidado consigo mesmo.

 

Como identificar sinais de que algo não vai bem?

Nem sempre é fácil identificar problemas de saúde mental em crianças, uma vez que elas podem ter dificuldade em expressar seus sentimentos. Contudo, alguns sinais podem indicar que algo não está bem

    • Mudanças de comportamento: isolamento social, irritabilidade, dificuldade para se concentrar, alterações no apetite e no sono são alguns dos sinais que podem indicar um problema.
    • Queixas físicas: dor de cabeça, dor de barriga e outros sintomas físicos sem causa aparente podem ser manifestações de ansiedade ou depressão.
    • Desinteresse por atividades que antes gostava: perder o interesse por brincadeiras, amigos e hobbies é um sinal de alerta.
    • Dificuldade para lidar com as emoções: explosões de raiva, choro constante e dificuldade para expressar sentimentos são comuns em crianças com problemas emocionais.
  • Falta de concentração e queda no desempenho escolar: a criança não quer mais ir à escola, pode apresentar mau desempenho e não consegue se concentrar em suas atividades. 
  • Medo ou preocupação excessiva


Esses comportamentos podem ser confundidos com fases de desenvolvimento, mas é importante que pais e cuidadores fiquem atentos. Caso esses sinais persistam, é fundamental buscar a ajuda de um profissional da saúde mental, como um psicólogo ou psiquiatra infantil.

 

O que podemos fazer?

  • Dialogar: crie um ambiente seguro para que seu filho se sinta à vontade para conversar sobre seus sentimentos.
  • Observar: preste atenção nos sinais que seu filho pode estar te dando.
  • Buscar ajuda: se você perceber que seu filho precisa de ajuda, procure um profissional de saúde mental.
  • Promover hábitos saudáveis: alimentação equilibrada, prática de atividades físicas e sono adequado são essenciais para a saúde mental.
  • Limitar o tempo de tela: o excesso de tempo em frente às telas pode prejudicar o desenvolvimento emocional e social das crianças.
  • Incentivar a socialização: estimule seu filho a interagir com outras crianças e a participar de atividades em grupo.

 

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Fatores de risco para problemas de saúde mental em crianças

Diversos fatores podem influenciar o desenvolvimento de problemas de saúde mental em crianças. Entre os principais, podemos citar:

  • Ambiente familiar
    Crianças que vivem em lares onde há violência, abuso ou negligência têm maior probabilidade de desenvolver transtornos psicológicos.
  • Pressão acadêmica e social
    A exigência excessiva no desempenho escolar ou em atividades extracurriculares pode gerar estresse e ansiedade nas crianças.
  • Bullying
    O bullying, seja ele físico, verbal ou cibernético, pode afetar seriamente a autoestima da criança e desencadear problemas emocionais.
  • Condições biológicas
    Algumas crianças têm predisposição genética para desenvolver transtornos mentais, como depressão e ansiedade.

 

A importância da prevenção e dos cuidados com a saúde mental

A prevenção é a melhor forma de cuidar da saúde mental infantil. Ao prestar atenção aos sinais, promover hábitos saudáveis e buscar ajuda quando necessário, podemos evitar que problemas maiores se desenvolvam.

Promover a saúde mental infantil exige esforços conjuntos de pais, professores e da sociedade como um todo. 

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Quando procurar ajuda profissional

Saber quando procurar ajuda profissional é essencial para garantir o bem-estar da criança. Se os sinais de problemas de saúde mental forem persistentes, como tristeza prolongada, agressividade extrema ou isolamento, é importante consultar um psicólogo infantil. O tratamento precoce pode evitar que problemas menores se tornem transtornos graves.

A terapia infantil é uma das formas mais eficazes de lidar com essas questões, oferecendo um espaço seguro para que a criança explore suas emoções e encontre maneiras saudáveis de enfrentá-las. Instituições como o CVV (Centro de Valorização da Vida) também oferecem suporte emocional e podem orientar famílias em momentos de crise.

 

Setembro Amarelo é todos os dias!

A campanha Setembro Amarelo nos lembra que a prevenção do suicídio é uma tarefa de todos nós. Mas cuidar da saúde mental das crianças não se limita a um mês do ano. É preciso que a gente esteja atento aos sinais e promova o bem-estar emocional dos pequenos todos os dias.

Lembre-se: Você não está sozinho nessa jornada. Procure ajuda de profissionais especializados e converse com outras famílias sobre o assunto. Juntos, podemos construir um futuro mais saudável para as nossas crianças.