Com o lema “Fortalecer a amamentação: educando e apoiando”, a campanha do Agosto Dourado 2022 coloca a educação como fator de transformação dos sistemas existentes em políticas nacionais baseadas em evidências, a fim de garantir instalações de saúde que favoreçam a amamentação, comunidades e locais de trabalho de apoio, restaurando e melhorando as taxas de amamentação, nutrição e saúde, a curto e longo prazo.
Agosto: um mês inteiro dedicado a amamentação
O tema do Agosto Dourado 2022 “Educação e Apoio, se concentra no fortalecimento da capacidade das pessoas envolvidas na amamentação, para proteger, promover e apoiar o aleitamento materno em diferentes níveis da sociedade.
Desde 2016, a WAVA (World Alliance for Breastfeeding Action) alinhou a Semana Mundial do Aleitamento Materno aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) das Nações Unidas. A amamentação é a chave para as estratégias de desenvolvimento sustentável pós-pandemia, pois melhora a nutrição, garante a segurança alimentar e reduz as desigualdades entre e dentro dos países.
Semana Mundial do Aleitamento Materno
Celebrada entre os dias 1 e 7 de agosto, a Semana Mundial do Aleitamento Materno 2022 é uma campanha global organizada pela Aliança Mundial para a Ação da Amamentação (WABA, em inglês), a Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF).
Surgiu com o objetivo de promover a amamentação exclusiva para os primeiros seis meses de vida e continuada até pelo menos os dois anos de idade. A amamentação nessa etapa da vida é essencial, pois o leite materno é o único alimento que contém anticorpos e outras substâncias que protegem a criança de infecções comuns enquanto ela estiver sendo amamentada, além de prevenir o aparecimento de várias doenças na vida adulta.
WABA: Step up for breastfeeding educate and support
“To step up” significa tomar posição a favor ou contra algo, defender algo.
S.T.E.P também é a abreviação de
Support – Time –
Education – Educação
Place – Lugar de apoio
O foco da campanha #SMAM 2022 é a educação como um todo, não apenas as capacitações específicas de profissionais de saúde.
Destina-se a governos, sistemas de saúde, locais de trabalho e comunidades. Juntos, devem buscar educar e fortalecer a capacidade de criar e sustentar ambientes favoráveis à amamentação para as famílias.
O aleitamento materno é fundamental para a implementação efetiva de estratégias de desenvolvimento sustentável, especialmente em um mundo pós-pandemia, pois melhora a nutrição, garante a segurança alimentar e reduz as desigualdades.
Objetivos da amamentação como estratégia de Desenvolvimento Sustentável
- Erradicação da pobreza: acabar com a pobreza em todas as suas formas, em todos os lugares.
- Fome zero e agricultura sustentável: eliminar a fome, alcançar a segurança alimentar e melhoria da nutrição e promover a agricultura sustentável.
- Saúde e bem-estar: assegurar uma vida saudável e promover o bem-estar para todos, em todas as idades.
- Educação de qualidade: garantir educação inclusiva, equitativa e de qualidade, e promover oportunidades de aprendizagem ao longo da vida para todos.
Os benefícios do aleitamento materno
Os percentuais referentes ao aleitamento materno no Brasil são positivos, segundo a Secretaria de Atenção Primária à Saúde. Dados recentes mostram que a prevalência de aleitamento materno na primeira hora de vida é de 62%. Esse primeiro contato é extremamente benéfico para o crescimento e desenvolvimento do bebê.
Atualmente, no Brasil, a amamentação exclusiva alcança 45,8% dos bebês com até seis meses. Para as mulheres, amamentar reduz o risco de desenvolvimento do câncer de útero e câncer de mama. Para o bebê, fortalece o sistema imunológico, reduz em 13% a mortalidade até os cinco anos, evita diarréia e infecções respiratórias, diminui o risco de alergias, colesterol alto, diabetes, hipertensão e obesidade na vida adulta, além de ajudar a mãe na recuperação pós-parto.
Leite materno: padrão ouro de qualidade
Considerado o alimento mais completo para os bebês, o leite materno sacia a fome e contribui efetivamente para a melhora nutricional da criança e possibilita um efeito positivo no vínculo entre mãe e bebê.
É um alimento repleto de anticorpos, fundamentais para a saúde e a resistência dos bebês a doenças. Por isso, é fundamental que a criança o receba como única fonte de alimentação até os 6 primeiros meses de vida, continuando não-exclusivo até os 2 anos ou mais.