A doença ou síndrome mão-pé-boca é uma enfermidade viral e contagiosa muito comum em crianças. Desde o mês passado, há relatos de surtos da doença, talvez pela volta às aulas e flexibilização do distanciamento social.
O vírus causador da doença mão-pé-boca, o Coxsackie, está normalmente no sistema digestivo e também pode provocar estomatites. A sua transmissão ocorre através do contato direto com a saliva, fezes ou outras secreções e, indiretamente, por alimentos ou objetos contaminados. Embora possa acometer também os adultos, ela é mais comum na infância, antes dos cinco anos de idade. O nome da doença se deve ao fato de que as lesões aparecem mais comumente em mãos, pés e boca.
Mesmo depois de recuperada, a pessoa pode transmitir o vírus pelas fezes, durante aproximadamente um mês. O período de incubação pode variar entre um e sete dias. Na maioria dos casos, os sintomas são leves e podem ser confundidos com os do resfriado comum.
Sintomas
Os sintomas são semelhantes aos de um resfriado comum. Um ou dois dias após os primeiros sinais da doença, começam a surgir as lesões características que dão o nome à ela, durando em média 21 dias.
É importante ficar atento e procurar um Odontopediatra ou o Pediatra caso seu filho apresente um ou mais sintomas, como:
- Febre alta nos dias que antecedem o surgimento das lesões;
- Manchas vermelhas na boca, amígdalas e faringe, que podem evoluir para aftas e estomatites muito dolorosas;
- Erupção de pequenas bolhas, em geral, nas palmas das mãos e nas plantas dos pés, mas que podem ocorrer também nas nádegas e na região genital;
- Mal-estar, falta de apetite, vômitos e diarreia;
Por causa da dor provocada pelas lesões, há dificuldade para engolir e muita salivação.
Como citado acima, além dos Pediatras, os Odontopediatras também podem diagnosticar e tratar a doença, prescrevendo analgésicos para dor, antitérmicos (febre); terapia fotodinâmica com laser de baixa potência para acelerar a cicatrização das lesões e, nos casos mais graves, indicando antivirais.
Tratamentos
Ainda não existe vacina contra a doença mão-pé-boca. Em geral, como ocorre com outras infecções por vírus, ela regride espontaneamente depois de alguns dias.
Em alguns casos a LASERTERAPIA é necessária para aliviar o desconforto das lesões na boca, pois é uma ótima aliada para aliviar a dor e acelerar o processo de cicatrização. Dependendo da fase da doença quando buscar o tratamento, é possível realizar a terapia fotodinâmica para reduzir a transmissão cruzada entre as quais o paciente doente convive.
O ideal é permanecer em repouso, tomar bastante líquido e alimentar-se bem, apesar da dor de garganta.
Prevenção
Como ainda não existe vacina contra o vírus da doença mão-pé-boca, o jeito é evitar a transmissão. É preciso tomar todas as medidas de higiene, principalmente durante as trocas de fralda dos pequenos, e reforçar o hábito da lavagem das mãos entre as crianças maiores.
A higiene bucal precisa ser rigorosa. Apesar de todo o desconforto, ela é imprescindível para evitar infecções secundárias. Por causa da dor, fica difícil engolir o excesso de saliva. Por isso, alimentos frios, geladinhos, pastosos e sem temperos são os mais indicados. Crianças não devem ir à escola e evitar contato com outras pessoas, até todos os sintomas terem desaparecido (geralmente 5 a 7 dias após início dos sintomas).
Nesse período, outras medidas de proteção importantes são caprichar na limpeza de objetos e dos ambientes da casa e evitar beijos e abraços.
** Artigo desenvolvido com exclusividade para o blog Just Real Moms.